domingo, 8 de maio de 2011

PATATIVA PSICOGRAFADO

POEMA PATATIVANO
(Lagartixas verdinhas parte II)
Arievaldo Viana / Pedro Paulo Paulino



Eu fui dançá um forró
Na casa do Paul Zuntó
O calango e a bobó
Tombém fôro  cunvidado...
No meio do remelexo
Era de cair os quêxo;
Mas calango deu um chêcho
Tratou de comprá fiado...

Bebeu dois litros de cana
Passou mais de uma sumana
Curtindo uma carraspana
Porém caiu num quixó...
Paul Zuntó mandou chamá
O socó pra se coçá
E o calango foi pará
Lá no papo do socó.

Mas chegou um Faraó
Tão sábio cuma ele só
E disse para o socó
Dou-lhe uma banda de frango
Se o amigo aceitá
Vai ter que recompensá
Basta agora vomitá
O pobe deste calango!

O calango vomitado
Tristonho e desconfiado
Saiu todo esverdeado
Da cô dum camaleão!!!
Correu logo pra cuzinha
Mas Paul Zuntó disse: - É minha
A lagartixa verdinha
Que se avista pelo chão.

Aí cumeçô a briga
Foi a maió das intriga
Déro um murro na barriga
Do cumpade Paul Zuntó
Pois o Faraó guerrêro
Lhe arrastou pro terrêro
Dizendo: - Eu tenho dinhêro
Levo calango e bobó.

Por isso é que no Egito
Esse país esquisito
Numa pedra de granito
Se avista a inscrição:
- Patativa, o poetinha
Me mandou essas bichinha
As lagartixa verdinha
Que se avista pelo chão.

A finada minha avó
Sabida cuma ela só
Disse logo ao Faraó
Quero um presente bonito
Sei qui você num restringe
Nem gasto a minha laringe
Quero levá as impinge*
E as piranha do Egito!


* Decifra-me ou devoro-te!

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