quinta-feira, 8 de novembro de 2012

PRESENÇA NA BIENAL

 
BAÚ DA GAIATICE NA
BIENAL DO LIVRO DO CEARÁ

A literatura de cordel é presença certa na Bienal Internacional do Livro do Ceará (edição 2012). O escritor José Carvalho de Brito (Cariri Braúna, da Padaria Espiritual), autor do livro "O matuto cearense e o caboclo do Pará", será homenageado, dando nome ao espaço dedicado à poesia popular.
 
"O Baú da Gaiatice", clássico da molecagem cearense, já na sua terceira edição (revista e ampliada) estará presente na BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO CEARÁ, no Espaço Cariri Braúna (José Carvalho). Procure adquirir o seu exemplar!

A Bienal do Livro do Ceará já começa amanhã e segue por 10 dias no Centro de Convenções do Ceará. Muita coisa legal acontecendo por lá, encantamento para crianças e adultos. O grande homenageado será a Padaria Espirutual.
 
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A PADARIA ESPIRITUAL

 
Sobre a PADARIA ESPIRITUAL ver essa excelente postagem no blog FORTALEZA NOBRE:
 
 

ABLC LOUVANDO LUIZ GONZAGA

Fonte: www.cordeldesaia.blogspot.com
Companheiros da ABLC,
O cordel, “Louvando Luiz Gonzaga” já ficou pronto e na minha avaliação ficou muito bom.
A capa foi uma gentileza do meu amigo Arievaldo Viana, a quem agradeço mais uma vez.
E com esse projeto a ABLC, Academia Brasileira de Literatura de Cordel, fica incluída na ala dos que prestigiaram também, o nosso rei do baião.
Já dividi os livros e já calculei o que cabe a cada participante:
Cada um deverá receber cinquenta cordéis e deverá pagar vinte reais, consegui fazer os cordéis pelo preço razoável com boa qualidade.
Os cordelistas que moram no Rio de Janeiro, podem ligar e pegar quando quiserem.
Os que moram em outros estados, eu preciso do endereço, podem entrar em contato pelo e-mail: dalinhaac@gmail.com que enviarei pelo correio.
Agradeço a colaboração de cada um de vocês e espero ter correspondido as expectativas.
Meu abraço a todos,
 
Dalinha Catunda

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Benjamim Abraão, Padre Cícero e Lampião


 LANÇAMENTO:
 
Benjamin Abrahão:
entre anjos e cangaceiros

Autoridade na cultura do Nordeste do Brasil, o historiador Frederico Pernambucano de Mello nos apresenta o livro Benjamin Abrahão: entre anjos e cangaceiros (Escrituras Editora), que traz a biografia do secretário particular do padre Cícero, do Juazeiro, de 1917 a 1934, além de fotógrafo autorizado do cangaceiro Lampião, tendo acompanhado os diferentes bandos de que este dispunha em sete Estados do Nordeste, no meado de 1936, creditando-se como responsável pela mais completa documentação do cangaço jamais obtida, ao incorporar a imagem cinematográfica às velhas fotografias conhecidas.
A obra é ensaio interdisciplinar que ocupou boa parte da vida do autor, e também um livro de arte, com dezenas de fotografias e de fotogramas históricos da trajetória do sírio Benjamin Abrahão Calil Botto -- um “conterrâneo de Jesus”, como se declarava, por conta do nascimento em Belém, na Terra Santa --, que desembarcou no Porto do Recife em 1915, aos 15 anos de idade, fugindo da Grande Guerra, para trilhar uma aventura extraordinária pelos sertões do Brasil setentrional.
No livro, Pernambucano de Mello, reconhecido por Gilberto Freyre, já em 1984, como “mestre de mestres em assuntos de cangaço”, apresenta pesquisa profunda, feita ao longo de 40 anos. Pela primeira vez, é divulgado o conteúdo da caderneta de campo deixada por Benjamin Abrahão, recolhida pela polícia no momento de seu assassinato com 42 punhaladas, no começo de 1938, no sertão de Pernambuco, aos 37 anos de idade. Cobrindo os anos da missão sobre o cangaço, a caderneta abrange o período 1935-1937, com lançamentos alternados em português e em árabe, assim impusesse a necessidade de sigilo sobre o assunto. O historiador trabalhou por três anos, com dois professores de árabe, traduzindo, ponto a ponto, o conteúdo averbado -- muitas vezes resultante de conversas noite adentro com Lampião, Maria Bonita e outros cangaceiros -- que são relatos que matam polêmicas e contestam versões atuais sobre fatos e figuras das décadas de 1910, 1920 e 1930, como o polêmico Floro Bartolomeu da Costa e a apregoada amizade entre Lampião e o padre Cícero, além de informações que dizem respeito ao real combate do Batalhão Patriótico à Coluna Prestes, para o qual traz entrevista inédita que fez com Prestes, em 1983, no Recife.

Particularmente importante, pela originalidade, é a revelação da matriz setecentista e estrangeira do pensamento social brasileiro dos anos 1930 sobre o cangaço, presente, sobretudo no chamado romance nordestino, tendente a culpar a sociedade e a desculpar os excessos dos protagonistas do fenômeno. O mesmo se diga sobre a revelação, de todo desconhecida até o presente, dos esforços de apropriação internacional do apelo épico que o tema encerra, por parte das facções travadas em luta de morte ao longo da década aludida: o Reich alemão contra o Soviete russo, Hitler contra Stalin, ao tempo em que Lampião dava as cartas na caatinga.

O livro traz ainda apêndice com a reprodução de importantes documentos, colhidos em pesquisa que contou com o apoio de muitos colaboradores e instituições, como a Fundação Joaquim Nabuco, do Recife, a Cinemateca Brasileira de São Paulo, os arquivos Renato Casimiro/Daniel Walker, do Juazeiro, e da antiga Aba-Film, de Fortaleza, ambos do Ceará, entre outros.

Sobre o autor:

Frederico Pernambucano de Mello possui formação em história e direito. Na Fundação Joaquim Nabuco, do Ministério da Educação, integrou a equipe do sociólogo Gilberto Freyre, de 1972 a 1987, período em que se especializou no estudo da cultura da região Nordeste do Brasil, tendo publicado os seguintes livros: Rota batida: escritos de lazer e de ofício, Recife, Edições Pirata, 1983; Guerreiros do sol: violência e banditismo no Nordeste do Brasil, Recife, Editora Massangana/ Fundação Joaquim Nabuco, 1985 [ora em 5ª edição pelo selo A Girafa, de São Paulo]; Quem foi Lampião, Recife-Zürich, Stähli Edition, 1993 [ora em 3ª edição]; A guerra total de Canudos, Recife-Zürich, Stähli Edition, 1997 [ora em 3ª edição pela A Girafa]; Delmiro Gouveia: desenvolvimento com impulso de preservação ambiental, Recife, Editora Massangana/ Fundação Joaquim Nabuco-CHESF, 1998; Guararapes: uma visita às origens da Pátria, Recife, Editora Massangana/Fundação Joaquim Nabuco, 2002; Tragédia dos blindados: a Revolução de 30 no Recife, Recife, Editora Massangana/Fundação Joaquim Nabuco, 2007; Estrelas de couro: a estética do cangaço, São Paulo, Escrituras Editora, 2010, livro finalista do Prêmio Jabuti de 2011, nas categorias projeto gráfico e ciências humanas.  É membro dos Institutos Históricos de Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte, do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, e da Academia de História Militar Terrestre, tendo sido curador internacional da Fundação Bienal de São Paulo para a Mostra do Redescobrimento – Brasil 500 Anos, São Paulo, 2000, e presidente da União Brasileira de Escritores – Seção de Pernambuco.  Na Academia Pernambucana de Letras, ocupa a cadeira 36 desde o ano de 1988. Pela originalidade de seus estudos, pelo volume da obra que produziu, e por se dedicar a aspectos de nossa história considerados ásperos e de pesquisa difícil, tem sido considerado o “historiador do Brasil profundo”, na palavra do professor Nelson Aguilar.


carmen barreto – comunicação e imprensa – imprensa@escrituras.com.br
escrituras editora e distribuidora de livros ltda.
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Telefones: (11) 5904-4499 (PABX) /5904-4492 (direto)

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

OS TRAÇOS DE LEANDRO

 Foto clássica do poeta Leandro Gomes de Barros
 
Ilustração publicada no blog de Newton Thaumaturgo


No blog "Muncipalismo", de Newton Thaumaturgo (www.newtonthaumaturgo.blogspot.com.br) encontra-se essa ilustração retratando o poeta Leandro Gomes de Barros. O desenho está muito bonito, mas a boca não corresponde à fotografia clássica do poeta Leandro Gomes de Barros. Na verdade Leandro tinha os labios finos, coisa que ele mesmo atesta em um poema auto-biografico. Outra característica são os olhos "bem azuis, da cor do mar" que também não aparecem dessa forma na ilustração. Vejamos o auto-retrato do poeta:

LEANDRO POR ELE MESMO
Os Traços de Leandro Gomes de Barros[1]
 
A cabeça, um tanto grande e bem redonda,
O nariz, afilado, um pouco grosso:
As orelhas não são muito pequenas,
Beiço fino e não tem quase pescoço.

Tem a fala um pouco fina, voz sem som,
Cor branca e altura regular,
Pouca barba, bigode fino e louro,
Cambaleia um tanto quanto no andar.

Olhos grandes, bem azuis, têm cor do mar:
Corpo mole, mas não é tipo esquisito -
Tem pessoas que o acham muito feio,
Mas sua mãe, quando o viu, achou bonito!

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[1] Auto-retrato de Leandro Gomes de Barros na quarta-capa do folheto Peleja de Manoel Riachão com o Diabo.

Arievaldo Viana
 
OUTRAS IMAGENS DO POETA DE POMBAL
 

Capa do folheto "Discussão com uma velha de Sergipe"
 

 
Leandro por Jô Oliveira