sexta-feira, 20 de julho de 2012

REENCONTRO NA FEIRA DO CORDEL


A I Feira Brasileira do Cordel, realizada no período de 17 a 19 de julho, no Centro Dragão do Mar, foi um sucesso absoluto. Superou as expectativas do público e, principalmente dos seus organizadores. Boas vendas, ótimo astral e bons reencontros. Na foto acima, apareço com os amigos Marcelo Soares (de Timbaúba-PE), Bule-Bule (Salvador-BA) e o mestre Chico Pedrosa, paraibano radicado em Olinda-PE. A foto é Marco Haurélio.

Na foto abaixo, encerramento da feira, com a falta de alguns participantes como Geraldo Amâncio e Zé Eufrásio, que já haviam deixado o ambiente.



quarta-feira, 18 de julho de 2012

NO DRAGÃO DO MAR...



Fortaleza sedia I Feira Brasileira do Cordel

A Literatura de Cordel está com a corda toda. Gênero literário surgido no Nordeste,o Cordel teve em Leandro Gomes de Barros (1865-1918), paraibano de Pombal, seu primeiro grande difusor e seu criador mais ilustre. Autor de clássicos que se imortalizaram em mais de um século, a exemplo de Juvenal e o Dragão, O Cachorro dos Mortos e A Donzela Teodora, Leandro é a referência maior da atual geração de cordelistas, na qual brilham nomes como o de Klévisson Viana, Rouxinol do Rinaré, Arievaldo Viana e Marco Haurélio.

É justamente Klévisson Viana, cearense de Quixeramobim, poeta popular, editor e ilustrador, o idealizador da I Feira Brasileira de Cordel, que terá como palco o Centro Cultural Dragão do Mar, um dos mais respeitáveis espaços culturais de Fortaleza. Entre os dias 17 e 19 de julho, a capital cearense receberá alguns dos mais representativos criadores da poesia popular, entre os quais os baianos Bule-Bule e Marco Haurélio, os paraibanos Chico Pedrosa e Chico Salles, o carioca Fábio Sombra e o pernambucano Marcelo Soares. O Ceará estará muito bem representado nas vozes dos consagrados repentistas Geraldo Amâncio e Zé Maria de Fortaleza, além de rodas de declamação com Paulo de Tarso, Rouxinol do Rinaré, Francisco Melchíades, Lucarocas, Arievaldo Viana, Evaristo Geraldo e o curador do evento, Klévisson Viana.

A primeira edição da feira homenageará os cem anos de nascimento de Joaquim Batista de Sena, um dos maiores cordelistas de todos os tempos  e estarão expostos à venda folhetos e livros de várias editoras, como Tupynanquim, Nova Alexandria, Luzeiro, Conhecimento, Hedra, Coqueiro, além das entidades apoiadoras, como a ABC (Academia Brasileira de Cordel), CECORDEL (Centro de Cordelistas do Nordeste) e ILGB (Instituto Leandro Gomes de Barros).

A realização do evento se tornou possível a partir da seleção do projeto da AESTROFE (Associação de Trovadores, Folheteiros e Escritores do Ceará) pelo Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel, no ano de 2010.



SERVIÇO:

I FEIRA BRASILEIRA DO CORDEL

Data: 17, 18 e 19 de julho

Horário: Das 16h às 21h30

Local: Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura

Informações: 3217-2891 | 9675-1099

aestrofe@gmail.com

segunda-feira, 16 de julho de 2012

JACKSON DO PANDEIRO EM CORDEL


Em julho deste ano completou 30 anos da morte de um dos maiores artistas nordestinos de todos os tempos, o inesquecível JACKSON DO PANDEIRO. Pedro Paulo Paulino, do blog VILA CAMPOS ONLINE, resgatou esse cordel do poeta JUNIOR DO BODE, publicado no blog da FATITA VIEIRA:

JACKSON DO PANDEIRO: BIOGRAFIA EM CORDEL

Autor: Júnior do Bode*

Celebremos o talento
De um artista verdadeiro
Rei do ritmo popular
Imortal no cancioneiro
Vulto de Orfeu no Nordeste
É o Jackson do Pandeiro.

Nasceu José Gomes Filho**
Numa cidade brejeira
De nome Alagoa Grande
Sua mãe foi cantadeira
De coco, e José cresceu
Vendo o cantador de feira.

No Agreste da Paraíba
Onde passou a infância
Desde novo na enxada
Trabalhando numa “estância”
E o sonho de ter sanfona
Acordava-lhe com ânsia.

E quem lhe deu um presente
Foi a mãe, Flora Mourão
Mas não deu o que queria
Pois não tinha condição
Em vez d’um fole, um pandeiro
E houve a conformação.

Sua mãe cantava coco
Pelo folguedo e tocava
Zabumba e também ganzá
Onde José se espelhava
Pra depois formar o Jackson
Que no coco iniciava.

Aos treze anos mudou-se
Com a família pra Campina
Grande, atrás de melhora
Na pobreza nordestina
Sempre, sempre trabalhando
E cantando a sua sina.

Certa vez foi ao cinema
Pra ver um filme com Jack (Jeque)
Um ator de faroeste
Antes que o encanto seque
Adotou Jack pra si
Brincadeira de moleque.

“O meu nome é José Jack”
Jackson se nomeava
Sua mãe achava estranho
Quando o povo lhe chamava
De “Zé Jack” – “Ô Zé Jack”
E umas lapadas, lhe dava.

Mas a vontade de ser
Um artista era mais forte
Cantava coco, rojão
Com samba aumentou o porte
E baião, frevo, xaxado
Todos os ritmos do norte.

(...)

VER POSTAGEM COMPLETA AQUI:

Via BLOG FATITA VIEIRA: http://fatitavieira.blogspot.com.br/

Ou: www.vilacamposonline.blogspot.com

 *O autor do cordel é o sertanejo Junior do Bode, estudante, trabalha no Memorial Luiz Gonzaga, da Prefeitura do Recife. Tem diversos cordéis publicados, já participou de várias coletâneas poéticas e publicou o livro “Cuia de poeta cego / Tem verso de toda cor”.

 **Jackson do Pandeiro nasceu em 31 de agosto de 1919.