segunda-feira, 30 de maio de 2011

MESTRES DA XILOGRAVURA II



Sabem que é o rapaz da foto, em cabelo estilo BLACK POWER, típico dos anos 1970? É nada mais, nada menos que o xilogravador STENIO DINIZ, neto do editor JOSÉ BERNARDO DA SILVA, da famosa Tipografia São Francisco (depois rebatizada com o nome de LIRA NORDESTINA), de JUAZEIRO DO NORTE-CE. Stênio recriou, em xilogravura, as capas dos maiores clássicos da LITERATURA DE CORDEL, dentre os quais citaríamos: PROEZAS DE JOÃO GRILO, DONZELA TEODORA, BATALHA DE OLIVEIROS COM FERRABRAS, A VIDA DE PEDRO CEM, CHEGADA DE LAMPIÃO NO INFERNO, dentre outros.
Segundo o pesquisador Jeová Franklin, a xilogravura passou a ser utilizada na capa dos folhetos de cordel a partir de 1907. O registro mais antigo e comprovado, é uma xilogravura de ANTONIO SILVINO, que aparece nas capas de folhetos dos pioneiros FRANCISCO DAS CHAGAS BATISTA e LEANDRO GOMES DE BARROS, ambos de 1907.
Stênio é uma grande figura humana, um verdadeiro arquivo vivo da história do cordel no Ceará.
JOSÉ STÊNIO SILVA DINIZ - Natural de Juazeiro do Norte, Stênio Diniz nasceu em 1953. Neto de José Bernardo da Silva, proprietário da Tipografia São Francisco, hoje, Lira Nordestina, Stênio, aos 15 anos, seduzido por Mestre Noza e Walderêdo Gonçalves, deu início à sua trajetória na gravura. Os primeiros trabalhos foram capas para cordéis. Já fez exposições no Brasil e no exterior.


Nenhum comentário:

Postar um comentário