Gonçalves Dias
Antonio Gonçalves Dias - poeta, professor, crítico de história, etnólogo (Caxias, Maranhão, 10 de agosto de 1823 – morte a bordo (naufrágio do navio Ville de Boulogne, nos baixios de Atins), perto da vila de Guimarães, Maranhão, 3 de novembro de 1864)
O poeta Antônio Gonçalves Dias, que se orgulhava de ter no sangue as três raças formadoras do povo brasileiro (branca, indígena e negra), nasceu no Maranhão em 10 de agosto de 1823. Em 1840 foi para Portugal cursar Direito na Faculdade de Coimbra. Ali, entrou em contato com os principais escritores da primeira fase do Romantismo português.Em 1843, inspirado na saudade da pátria, escreveu "Canção do Exílio". No ano seguinte graduou-se bacharel em Direito. De volta ao Brasil, iniciou uma fase de intensa produção literária. Em 1849, junto com Araújo Porto Alegre e Joaquim Manuel de Macedo, fundou a revista "Guanabara".
Em 1862 retornou à Europa para cuidar da saúde. No ano seguinte, durante a viagem de volta ao Brasil, o navio Ville de Boulogne naufragou na costa brasileira. Salvaram-se todos, exceto o poeta que, por estar na cama em estado agonizante, foi esquecido em seu leito.
Se por um lado deve-se a Gonçalves de Magalhães a introdução do Romantismo no Brasil, por outro, deve-se a Gonçalves Dias a sua consolidação. Isso porque o poeta trabalhou com maestria todas as características iniciais da primeira fase do Romantismo brasileiro. De sua obra, geralmente dividida em lírica, medieval e nacionalista, destacam-se "I-juca Pirama", "Os Tibiramas" e "Canção do Tamoio."
Em 1862 retornou à Europa para cuidar da saúde. No ano seguinte, durante a viagem de volta ao Brasil, o navio Ville de Boulogne naufragou na costa brasileira. Salvaram-se todos, exceto o poeta que, por estar na cama em estado agonizante, foi esquecido em seu leito.
Se por um lado deve-se a Gonçalves de Magalhães a introdução do Romantismo no Brasil, por outro, deve-se a Gonçalves Dias a sua consolidação. Isso porque o poeta trabalhou com maestria todas as características iniciais da primeira fase do Romantismo brasileiro. De sua obra, geralmente dividida em lírica, medieval e nacionalista, destacam-se "I-juca Pirama", "Os Tibiramas" e "Canção do Tamoio."
Fonte: (mundocultural)
Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas tem mais flores,
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida mais amores.
Nossas várzeas tem mais flores,
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
* * *
Fonte: Blog ARTE E CULTURA
Que fantástico!
ResponderExcluirÉ o canto da terra natal.
Pura emoção.
Salve Gonçalves Dias.
Gênio das letras.