Há quatro anos estive no programa Nordeste Caboclo, do poeta Carneiro Portela e relembrei esse poema de Zé Praxédi, o Poeta Vaqueiro, que ele costumava declamar no final do programa, desde os tempos do CEARÁ CABOLCO, na TVC. O amigo Édson Crisóstomo, de Canindé, me enviou o texto completo do poema:
DOTÔ, INTÉ OUTRO DIA
(Zé Praxédi,
o Poeta Vaqueiro)
Seu doto inté
asturdia
basta mecê
precisar
um criado às
suas ordens
na Serra do
Jatobá...
Pros almoço
tem galinha
tem quaiada
pro jantar
água
cheirosa de tanque
pra vosmecê
se banhar.
Leite quente
ao pé da vaca
quando o dia
amanhecer
café torrado
no caco
de quando
invez pra você.
Aguardente
potiguar
caso goste
de beber
capim mimoso
verdinho
pra seu
cavalo comer.
Pra vosmecê merendá
mel de
abelha com farinha
tem da fonte
milagrosa
água fria na
quartinha.
Pra vosmecê
se deitar
uma rede bem
arvinha...
Mas,leve
tombém sua muié
pruquê lá só
tem a minha!