Sempre que falo de minha infância lembro-me, incontinenti, de minha avó paterna Alzira de Sousa (Viana) Lima, na cozinha esçaçosa com o velho fogão a lenha sempre ardendo, onde ela fazia seus queijos maravilhosos. As imagens aqui postadas retratam um sertão que está desaparecendo ante os ataques persistentes da modernidade. As fotos são de 2008, mas tudo isso está por um fio... E relembrando a infância, é inevitável recordar alguns trechos da famosa canção do poeta Antônio Jocélio, CASA AMARELA:
CASA AMARELA Antônio Jocélio
Ainda lembro aquela casa em que nasci
onde eu vivi com meus irmãos e com meus pais
muitos conselhos de mamãe eu recebi
papai ali me ajudou até demais
Era amarela aquela casa inda me lembro
quando chegava dezembro papai renovava ela
Depois mandava convidar o nosso povo
pra passar O ANO NOVO NA NOSSA CASA AMARELA
Tive vontade de deixar o meu torrão
na intenção de conhecer o meu País
papai choroso deu-me a sua permissão
dizendo, Deus faça você ser bem feliz
Pedi a bênção aos meus pais e abracei
meus irmãos, depois chorei, debruçado na janela
Saí no rumo duma terra diferente
nunca mais vi minha gente nquela casa amarela
Às vezes penso em voltar ao meu lugar
para morar no mesmo canto onde eu morei
esta saudade me convida pra voltar
àquela terra em que nasci e me criei
Na mesma casa ir morar não posso mais
meus irmãos e os meus pais não são mais os donos dela
como eu queria dessa terra um pedacinho
pra fazer o meu ranchinho vizinho à casa amarela
Na mesma casa ir morar não posso mais
meus irmãos e os meus pais não são mais os donos dela
como eu queria dessa terra um pedacinho
pra fazer o meu ranchinho vizinho à casa amarela.
Ainda lembro aquela casa em que nasci
onde eu vivi com meus irmãos e com meus pais
muitos conselhos de mamãe eu recebi
papai ali me ajudou até demais
Era amarela aquela casa inda me lembro
quando chegava dezembro papai renovava ela
Depois mandava convidar o nosso povo
pra passar O ANO NOVO NA NOSSA CASA AMARELA
Tive vontade de deixar o meu torrão
na intenção de conhecer o meu País
papai choroso deu-me a sua permissão
dizendo, Deus faça você ser bem feliz
Pedi a bênção aos meus pais e abracei
meus irmãos, depois chorei, debruçado na janela
Saí no rumo duma terra diferente
nunca mais vi minha gente nquela casa amarela
Às vezes penso em voltar ao meu lugar
para morar no mesmo canto onde eu morei
esta saudade me convida pra voltar
àquela terra em que nasci e me criei
Na mesma casa ir morar não posso mais
meus irmãos e os meus pais não são mais os donos dela
como eu queria dessa terra um pedacinho
pra fazer o meu ranchinho vizinho à casa amarela
Na mesma casa ir morar não posso mais
meus irmãos e os meus pais não são mais os donos dela
como eu queria dessa terra um pedacinho
pra fazer o meu ranchinho vizinho à casa amarela.
A imagem do casarão é empolgante: o pátio amplo, o céu azul, as algarobeiras verdes espaçadas e a cor amarela das paredes compõem uma policromia de profunda originalidade. Destoando do quadro geral, a antena parabólica já é o retrato da invasão tecnológica na pureza do sertão.
ResponderExcluirOlha eu adoro essa letra, mas queria ouví-la cantada. Por favor quem conseguir o áudio me manda o link. Edilsonrr@yahoo.com.br
ResponderExcluirLinda a canção e as imagens faz recordar.
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