O RICO GANANCIOSO E O POBRE ABESTALHADO, CORDEL DE
ARIEVALDO VIANNA, É ADAPTADO PARA O TEATRO
O
cordel “O rico ganancioso e o pobre abestalhado”, de Arievaldo Vianna, foi
adaptado pela Murion Cia de Teatro - Padre Paraiso/MG e vem sendo apresentado
com sucesso em festivais realizados em Minas Gerais.
SINOPSE:
No
sertão, os desígnios de Deus: o homem
ganha
o seu pão com o suor do seu rosto.
Dois
compadres, um rico e outro pobre, vivem os arranjos
de
uma existência assentada na desigualdade social. Seria
essa
desigualdade uma determinação divina? Seria possível
o
poder dos céus mudar os arranjos terrenos? O rico
ganancioso
e o pobre abestalhado é uma história onde o mágico e
a
tradição, de mãos dadas, oferecem ao público a força da reflexão.
Duração:
40 min
Classificação:
Livre
Ficha técnica:
Direção – Armando Ribeiro | Cenografia – Coletivo | Figurino – Coletivo |
Maquiagem – Coletivo | Trilha Sonora – Coletivo | Elenco – Cleonice Pereira
Dias, Gabriela Ferreira de Lima, Júlio Antônio Ramalho Alves, Leticia Kelly
Ribeiro Miranda, Michele Vitória Veiga de Araújo, Izadora Stuhr dos Santos Lopes,
Izabela Stuhr dos Santos Lopes, Guilherme Stuhr dos Santos Lopes.
PARA
SABER MAIS:
FOLHETO FOI PREMIADO PELO MINC
O
RICO GANANCIOSO E O POBRE ABESTALHADO, folheto de 16 páginas baseado num conto
popular brasileiro é o nosso trabalho premiado no Edital Patativa do Assaré do
PRÊMIO MAIS CULTURA 2010. A edição já se encontra na gráfica e irá circular em
breve. De acordo com o projeto apresentado no concurso, parte da tiragem de 3
mil exemplares será destinada ao MINC e haverá também uma parcela para
bibliotecas públicas do Estado do Ceará. O restante será comercializado. Eis
alguns trechos do folheto:
O RICO GANANCIOSO E O
POBRE ABESTALHADO
Autor:
Arievaldo Viana
Quando
o homem foi expulso,
Cheio
de mágoa e desgosto,
Dos
jardins do Paraíso,
Deus
lhe disse, do seu posto:
-
Hás de ganhar o teu pão
Com
o suor do teu rosto!
Ficou
o homem vagando
Na
Terra, Vale de Dores,
Mas
logo seus descendentes
Revelaram
seus pendores,
Pois
surgiram os dominados
E
os cruéis dominadores.
O
mundo está repleto
De
ganância e de cobiça
O
rico, quanto mais tem,
Mais
o desejo o atiça;
E
na contra-mão padece
Quem
é pobre ou tem preguiça.
Quem
nasce pra não ter nada
A
sorte é uma graúna,
Não
pode alcançar os louros
Que
repousam na tribuna,
Mas
há aqueles a quem
Deus
promete e dá fortuna.
Nos
sertões de Pernambuco
Há
muito tempo passado
Viveu
um rico sovina
Muito
ardiloso e malvado,
Compadre
de um camponês
Simplório
e abestalhado.
Então
o compadre pobre
Tinha
preguiça por cem,
Era
pai duma ninhada
Miúda
igual a xerém
E
às custas do seu suor
Nunca
ganhou um vintém.
No
fundo de uma tipóia
Passava
o dia roncando,
Se
a mulher reclamasse
Ele
saía zombando;
Enchia
a cara de cana
Voltava
se pabulando.
Estórias
mirabolantes
O
preguiçoso contava
Se
alguém de bom coração
Na
conversa acreditava
Ele
pedia uma esmola
E
assim a vida levava...
(...)
Pelo pouco que foi publicado, dá para se ter uma ideia que vale a pena ler. Gostaria de saber como faço para adquirir um exemplar. Por outro lado, também tenho alguns folhetos de minha autoria, e desejo saber se aceitam publicar nessa página e como faço contato. Grato.! Paulo Gondim (fpgondim@hotmail.com)
ResponderExcluirBom dia, Paulo Gondim. Entrarei em contato com você por e-mail.
ResponderExcluirArievaldo Vianna