VOCÊS! Que fazem parte
dessa massa...
Haverá paz na terra "E morará
o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o
filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno os
guiará". (Isaías 11:6 ).
Desde o princípio das coisas, uma parte da humanidade sempre
teve o desejo de conquistar, colonizar, civilizar, catequizar, enquadrar,
explorar e escravizar o semelhante. Os que desejam simplesmente viver em paz, trabalhando
pelo seu sustento, sem agredir a fauna e a flora e sem explorar o semelhante
são incompreendidos. Tidos como selvagens, ascetas, bichos do mato, sujeitos
esquisitos e anti-sociais!
O que será dessa classe oprimida que navega tal e qual um
rebanho de bodes e ovelhas neste Vale de Lágrimas? Do jeito que a
coisa vai, às vezes me bate o vago desejo de seguir os passos do Belchior... Evaporar
como o éter e mandar todo esse sistema de coisas para o raio que o parta.
Antigamente, os nossos antepassados conseguiam escapar
incólumes (pelo menos por algum período) em algum quilombo, caverna ou biboca,
num sítio esquecido num pé de serra ou numa tribo perdida nos confins da
Amazônia. Plantando, colhendo, criando e vivendo, camuflados como nativos “ignorantes”
ou Cristãos “inofensivos”, sem prestar contas aos donos do planeta, somente ao
Bom Deus, Onisciente e Onipresente, Aquele que tudo vê. Mas se não deu certo no passado, como iria dar certo hoje em dia, em plena era digital?
Hoje, com o advento da antena parabólica, do telefone
celular, do tablet, do satélite, do chip, do radar e das redes sociais, a teia
da aranha se fechou completamente. Não tem como escapar. Somos todos presas
inúteis, imobilizadas e prestes a ser devorados pelo SISTEMA na hora que ELE
bem entender, ao bel prazer.
Quando menos se espera, o sujeito cai na teia digital, nas redes sociais e na malha fina. Não tem como escapar. Se for inseto graúdo cai na Lava-Jato. Se for
miúdo cai numa raquete Made in China, daquelas de matar muriçoca. Um dia você
cai. Todos caem.
E, enquanto nos debatemos nessa teia, arriscamos uma pergunta: até quando iremos esperar pelo cumprimento das palavras do
Profeta Isaías?
Arievaldo Vianna
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