Ilustração: JÔ OLIVEIRA
O dia 18 de abril foi instituído como o dia nacional da literatura infantil, em homenagem à Monteiro Lobato. “Um país se faz com homens e com livros”. Essa frase criada por ele demonstra a valorização que o mesmo dava à leitura e sua forte influência no mundo literário.
Boneco de cerâmica do artista ZÉ ANDRADE,
fotografado por Arievaldo, na residência do artista,
em Santa Tereza-RJ. (Abaixo, caricatura de William Jeovah)
Monteiro Lobato foi um dos maiores autores da literatura infanto-juvenil, brasileira. Nascido em Taubaté, interior de São Paulo, em 18 de abril de 1882, iniciou sua carreira escrevendo contos para jornais estudantis. Em 1904 venceu o concurso literário do Centro Acadêmico XI de Agosto, época em que cursava a faculdade de direito. Como viveu um período de sua vida em fazendas, seus maiores sucessos fizeram referências à vida num sítio, assim criou o Jeca Tatu, um caipira muito preguiçoso.
Depois criou a história “A Menina do Nariz Arrebitado”, que fez grande sucesso. Dando sequência a esses sucessos, montou a maior obra da literatura infanto-juvenil: O Sítio do Picapau Amarelo, que foi transformado em obra televisiva nos anos oitenta, sendo regravado no final dos anos noventa.
Dentre seus principais personagens estão D. Benta, a avó; Emília, a boneca falante; Tia Nastácia, cozinheira e seus famosos bolinhos de chuva, Pedrinho e Narizinho, netos de D. Benta; Visconde de Sabugosa, o boneco feito de sabugo de milho, Tio Barnabé, o caseiro do sítio que contava vários “causos” às crianças; Rabicó, o porquinho cor de rosa; dentre vários outros que foram surgindo através das diferentes histórias. Quem não se lembra do Anjinho da asa quebrada que caiu do céu e viveu grandes aventuras no sítio?
Dentre suas obras, Monteiro Lobato resgatou a imagem do homem da roça, apresentando personagens do folclore brasileiro, como o Saci Pererê, negrinho de uma perna só; a Cuca, uma jacaré muito malvada; e outros. Também enriqueceu suas obras com obras literárias da mitologia grega, bem como personagens do cinema (Walt Disney) e das histórias em quadrinhos.
Na verdade, através de sua inteligência, mostrou para as crianças como é possível aprender através da brincadeira. Com o lançamento do livro “Emília no País da Gramática”, em 1934, mostrou assuntos como adjetivos, substantivos, sílabas, pronomes, verbos e vários outros. Além desse, criou ainda Aritmética da Emília, em 1935, com as mesmas intenções, porém com as brincadeiras se passando num pomar. Monteiro Lobato morreu em 4 de julho de 1948, aos 66 anos de idade, no ano de 2002 foi criada uma Lei (10.402/02) que registrou o seu nascimento como data oficial da literatura infanto-juvenil.
Dia Internacional do Livro Infantil
A literatura infantil surgiu no século XVII, no intuito de educar as crianças moralmente. Em homenagem ao escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, foi criado o dia internacional do livro infantil, que é comemorado na data de seu nascimento; em virtude das inúmeras histórias criadas por ele. Dentre as mais conhecidas mundialmente estão “O Patinho Feio”, “O Soldadinho de Chumbo”, “A Pequena Sereia” e “As Roupas Novas do Imperador”.
A data é conhecida e comemorada mundialmente, em mais de sessenta países, como forma de incentivar e despertar nas crianças o gosto pela leitura. Tanto os clássicos da literatura infantil quanto os livros somente ilustrados, proporcionaram o desenvolvimento do imaginário das crianças, bem como o aspecto cognitivo, desenvolvendo seu aprendizado em várias áreas da vida.
As histórias reportam valores morais e éticos, que levam o sujeito a repensar suas atitudes do cotidiano, numa reflexão que pode modificar sua ação, tornando-a melhor enquanto pessoa. Segundo Humberto Eco – escritor, filósofo e linguista italiano – a literatura infantil traz sentido aos fatos que acontecem na vida, envolvendo as crianças. Dessa forma, “qualquer passeio pelos mundos ficcionais tem a mesma função de um brinquedo infantil.
As crianças brincam com a boneca, cavalinho de madeira ou pipa a fim de se familiarizar com as leis físicas do universo e com os atos que realizarão um dia”. Todos os anos a Internacional Board on Books for Young People, oferece o troféu “Hans Christian”, como sendo o prêmio Nobel desse gênero, algumas escritoras brasileiras já foram homenageadas, como Lygia Bojunga, no ano de 1982, e Ana Maria Machado, em 2000.
Fonte: Jussara de Barros – Equipe Brasil Escola
O LIVRO INFANTIL EM CORDEL
Desde o final do Século XIX, começaram a surgir adaptações de contos infantis para o cordel. Leandro Gomes de Barros (1865 - 1918) foi um dos primeiros a trabalhar essas adaptações com Branca de Neve e o soldado guerreiro, A bela adormecida do bosque e Juvenal e o dragão, este último uma adaptação do conto Os três cães, do livro CONTOS DA CAROCHINHA, de J. Figueiredo Pimentel, pioneiro no Brasil na publicação de livros infantis.
João Martins de Athayde, aparece com A Garça Encantada, O ladrão de Bagdá e outros títulos na mesma linha, bebendo na fonte dos livros infanto-juvenis. A tradição teve sequencia com outros autores, como é o caso de Patativa do Assaré, que adaptou o conto das mil e uma noites, Aladim e a lâmpada maravilhosa.
Atualmente, poetas como Arievaldo Viana, Marco Haurélio, Fábio Sombra, Rouxinol do Rinaré, Paiva Neves, Julie Anne, Arlene Holanda, Klévisson Viana, Varneci Nascimento, José Walter Pires, Cícero Pedro de Assis, Evaristo Geraldo, dentre outros, dão sequencia a tais adaptações, publicando-as no formato tradicional e também no formato de livro infantil ilustrado. A escolha de um novo suporte em nada descaracteriza o cordel em sua essência, já que trata-se de um gênero poético com regras bem definidas e rigorosamente obedecidas pelos novos autores.
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