terça-feira, 3 de janeiro de 2012

FRAGMENTOS POÉTICOS


O MARCO CIBERNÉTICO
DO REINO DOS TRÊS MONÓLITOS
Autor:  Arievaldo Viana
 (TRECHOS)


Nos  sertões do Ceará
Há mais de cinco milênios
Havia um reino imponente
Obra de fadas e gênios
Com três castelos vistosos
Quais luminosos poscênios.

Nesse tempo tão distante
O índio selvagem, inculto,
Que habitava essas terras
Um dia avistou um vulto
De uma grande espaçonave
Conduzindo um povo culto.

Vinha de outra galáxia
Aquela grande astronave
Pousou em nosso planeta
A fim de trazer a chave
De grandes conhecimentos
Mas padeceu um entrave.

Os índios ficaram atônitos
Com a súbita aparição
Pois julgavam que Tupã
Vinha no grande clarão
Na sua rude linguagem
Buscavam uma explicação.

Vinham naquela missão
Engenheiros, cientistas,
Sacerdotes, artesãos,
Astrólogos e alquimistas
Matemáticos e geólogos
Poetas e repentistas.

Olhando o povo atrasado
Que habitava o lugar
Com muito zelo e cuidado
Quiseram os ensinar
Mas aquela raça inculta
Nada pôde assimilar.

Exilados neste mundo
Sua tecnologia
Mostrou-se pouco eficaz
E recorreram à magia
Para encantar os três reinos
Que aqui fundaram um dia.

Cristalizaram os castelos
Com tudo que existia
Uma camada de rocha
Fruto de grande magia
A sua esplêndida aparência
Ocultava e revestia.

Três monólitos de pedra
De assombrosa semelhança
Ocultaram os três castelos
Dos quais só resta a lembrança
No verso dos trovadores
Do reino da Esperança.

O enorme conhecimento
Daquela raça suprema
Para as gerações futuras
Será um ditoso tema
Que pretendo revelar
Nos versos do meu poema.

Só numa era futura
Remota e bem distante
Os três reinos encantados
Com seu astral fulgurante
Virão a desencantar
De maneira triunfante.

Ao pé do primeiro reino
Mesmo no sopé do monte
Existe uma pedra estranha
Da cor de um rinoceronte
Da qual jorra sem cessar
Uma maviosa fonte.

É a fonte das Coronhas
De todos bem conhecida
A vegetação nativa
A deixa bem escondida
Mesmo nos anos de seca
Ela é a fonte da vida.

As aves cantam nos galhos
Trina a cigarra na mata
Os cristais resplandescentes
Parecem de ouro e prata
E o olho d’água da fonte
Jorra em suave cascata.

No sopé da cordilheira
Que se ergue abruptamente
O sabiá laranjeira
Canta sublime e plangente
O sol dardeja os seus raios
Tocando a alma da gente.

(...)


Lançamento TUPYNANQUIM EDITORA


Casarão da Fazenda Ouro Preto, próxima ao Serrote dos Três Irmãos, onde o autor viveu até os 10 anos de idade. A casa foi construída por seus avós Manoel Barbosa Lima e Alzira de Sousa Lima, em meados da década de 1950.

Um comentário:

  1. Majestoso casarão, desponta sob o céu sem nuvens, como uma pirâmide colossal no meio do agreste. Não tem megasena da virada que pague o aconchego de um alpendre desse, depois de um bom almoço à base de feijão com cuscuz e costela de bode cozida. Imagino ainda as noite de luar nesse vasto terreiro... Eu não venderia nunca!!!

    Pedro Paulo Paulino.

    ResponderExcluir