CORDEL É SUCESSO NA BIENAL
DO LIVRO DE FORTALEZA
A literatura de cordel vem tendo presença marcante na Bienal do Livro de Fortaleza há mais de uma década. Tudo começou quando Patativa do Assaré (ainda em vida) foi homenageado com o lançamento de uma caixa com seus folhetos, idealizada pelo pesquisador Gilmar de Carvalho. Nas edições seguintes, foi a vez da Editora Tupynanquim entrar em cena com o lançamento de novos autores e a reedição de grandes clássicos do gênero. Na edição passada da Bienal de Fortaleza o grande sucesso foi o lançamento do Pavão Misterioso em quadrinhos, numa edição conjunta das editoras Luzeiro e Tupynanquim. Em 2006, o grande destaque foi a caixa de folhetos com histórias das MIL E UMA NOITES. Eis algumas matérias publicadas na grande imprensa:
AS MIL E UMA NOITES EM CORDEL
Tiago Coutinho - Especial para o Caderno 3 (DN)
Sucesso de vendas na VII Bienal Internacional do Livro do Ceará, a delicada caixinha “As mil e uma noites em Cordel”, organizado pelo poeta popular Klévisson Viana, consegue unir a tradição nordestina com a cultura árabe. O estojo reúne oito folhetos com histórias adaptadas do livro ´As Mil e uma Noites´, produzidos por seis cordelistas cearenses.
Há um ano, quando vazou a notícia de que a Bienal do Livro deste ano teria como temática central “As mil e uma noites”, Klévisson Viana, poeta popular já conhecido do leitor cearense, pensou em um produto para lançar na feira, algo que tivesse a “cara” do evento. Não deu outra. Entrou em contato com cinco poetas amigos e pediu que cada um escolhesse e adaptasse um conto do famoso livro árabe. A única condição era que as histórias “Ali Babá e os Quarenta Ladrões” e “Aladim e a Lâmpada Maravilhosa” estivessem entre as releituras.
Feita a exigência, os poetas convidados se debruçaram pelos dois volumes das “Mil e uma Noites” para escolher qual conto gostariam de adaptar. Esse processo durou cerca de quatro meses e resultou na caixa “As mil e uma noites em Cordel”, umas das surpresas da Bienal.
No estojo, o leitor pode encontrar as duas histórias já citadas, reescritas respectivamente por Rouxinol do Rinaré e Evaristo Geraldo da Silva, além de textos menos populares como “O Cachorro Encantado e a Sorte da Megera” (por Klévisson Viana); “O príncipe da Pérsia e o Cavalo Encantado” (por Sávio Pinheiro); “O Crime das Três Maças” (por Arievaldo Viana) e “O Mercador e o Gênio” (por Damásio Paulo). Evaristo Geraldo da Silva também colaborou com a adaptação de “Romance de Bernardo e Sara ou a Promessa dos dois Irmãos”, enquanto Rinaré verteu para o cordel o texto “O Ladrão de Bagdá”.
Fiéis ao gênero, os folhetos apresentam histórias com versos criativos e bem-humorados. Em suas releituras, os poetas tiveram o máximo de cuidado para manter a fidelidade ao texto original. Para Klévisson Viana, é comum que o cordel nordestino se aproprie de grandes clássicos literários para desenvolver seus enredos. Numa ligeira lembrança, ele citou os casos de Iracema, de José de Alencar, além dos romances O Conde de Monte Cristo e Dama das Camélias, ambos do francês Alexandre Dumas. Todos igualmente “traduzidos” para os cordéis.
No caso de ´As mil e uma noites´ o processo de adaptação , segundo Viana, foia ainda mais fácil. São muitas as aproximações entre os dois estilos. Tanto os folhetos daqui como as estórias de lá apelam para fatos eróticos, fantásticos e extraordinários. Também a preocupação na forma de conduzir as ações das personagens, nos dois casos, é de extrema importância. Sherazade e os poetas populares, para garantirem suas sobrevivências, precisam seduzir o leitor para que eles escutem até o final a história contada.
“Eu acho que foi muito fácil adaptar. As histórias já vinham no mesmo espírito das que somos acostumados a produzir. Eu diria que a diferença entre os folhetos de cordel e as histórias de Sherazade é que o primeiro é escrito em rima e verso. O segundo na forma de prosa”, ressalta Klévisson Viana.
Dentre as publicações do estilo, a caixa é a mais bem-sucedida na Bienal. Um sucesso absoluto de vendas. “Nós temos vários modelos de cordéis aqui, mas a caixa é o que nós mais vendemos até agora. Todos querem ler as ´Mil e uma noites em cordel´”, comemora Viana. A caixinha, segundo o organizador, também pode ser utilizada como ferramenta de difusão das invenções de Sherazade. “É uma forma de incentivar a leitura e fazer com que as pessoas conheçam esse clássico. É muito mais fácil alguém ler um folheto desse do que ler o próprio livro que é imenso”.
Há um ano, quando vazou a notícia de que a Bienal do Livro deste ano teria como temática central “As mil e uma noites”, Klévisson Viana, poeta popular já conhecido do leitor cearense, pensou em um produto para lançar na feira, algo que tivesse a “cara” do evento. Não deu outra. Entrou em contato com cinco poetas amigos e pediu que cada um escolhesse e adaptasse um conto do famoso livro árabe. A única condição era que as histórias “Ali Babá e os Quarenta Ladrões” e “Aladim e a Lâmpada Maravilhosa” estivessem entre as releituras.
Feita a exigência, os poetas convidados se debruçaram pelos dois volumes das “Mil e uma Noites” para escolher qual conto gostariam de adaptar. Esse processo durou cerca de quatro meses e resultou na caixa “As mil e uma noites em Cordel”, umas das surpresas da Bienal.
No estojo, o leitor pode encontrar as duas histórias já citadas, reescritas respectivamente por Rouxinol do Rinaré e Evaristo Geraldo da Silva, além de textos menos populares como “O Cachorro Encantado e a Sorte da Megera” (por Klévisson Viana); “O príncipe da Pérsia e o Cavalo Encantado” (por Sávio Pinheiro); “O Crime das Três Maças” (por Arievaldo Viana) e “O Mercador e o Gênio” (por Damásio Paulo). Evaristo Geraldo da Silva também colaborou com a adaptação de “Romance de Bernardo e Sara ou a Promessa dos dois Irmãos”, enquanto Rinaré verteu para o cordel o texto “O Ladrão de Bagdá”.
Fiéis ao gênero, os folhetos apresentam histórias com versos criativos e bem-humorados. Em suas releituras, os poetas tiveram o máximo de cuidado para manter a fidelidade ao texto original. Para Klévisson Viana, é comum que o cordel nordestino se aproprie de grandes clássicos literários para desenvolver seus enredos. Numa ligeira lembrança, ele citou os casos de Iracema, de José de Alencar, além dos romances O Conde de Monte Cristo e Dama das Camélias, ambos do francês Alexandre Dumas. Todos igualmente “traduzidos” para os cordéis.
No caso de ´As mil e uma noites´ o processo de adaptação , segundo Viana, foia ainda mais fácil. São muitas as aproximações entre os dois estilos. Tanto os folhetos daqui como as estórias de lá apelam para fatos eróticos, fantásticos e extraordinários. Também a preocupação na forma de conduzir as ações das personagens, nos dois casos, é de extrema importância. Sherazade e os poetas populares, para garantirem suas sobrevivências, precisam seduzir o leitor para que eles escutem até o final a história contada.
“Eu acho que foi muito fácil adaptar. As histórias já vinham no mesmo espírito das que somos acostumados a produzir. Eu diria que a diferença entre os folhetos de cordel e as histórias de Sherazade é que o primeiro é escrito em rima e verso. O segundo na forma de prosa”, ressalta Klévisson Viana.
Dentre as publicações do estilo, a caixa é a mais bem-sucedida na Bienal. Um sucesso absoluto de vendas. “Nós temos vários modelos de cordéis aqui, mas a caixa é o que nós mais vendemos até agora. Todos querem ler as ´Mil e uma noites em cordel´”, comemora Viana. A caixinha, segundo o organizador, também pode ser utilizada como ferramenta de difusão das invenções de Sherazade. “É uma forma de incentivar a leitura e fazer com que as pessoas conheçam esse clássico. É muito mais fácil alguém ler um folheto desse do que ler o próprio livro que é imenso”.
TEXTO PUBLICADO NA FOLHA DE SÃO PAULO ON LINE:
A literatura de cordel também se rendeu às histórias da princesa Sherazade e ganhou um espaço exclusivo. Um dos cordéis mais procurados foi "As Mil e Uma Noites em Cordel", organizado por Antônio Klévisson Viana exclusivamente para a Bienal. A caixa com oito livretos foi produzida por seis cordelistas cearenses, que mesclaram a tradição nordestina de contar histórias com os personagens da milenar obra-prima árabe.
Os títulos que compõem a caixa são: "O Cachorro Encantado e a Sorte da Megera" (Antônio Klévisson Viana); "O Príncipe da Pérsia e o Cavalo Encantado" (Sávio Pinheiro); "O Crime das Três Maças" (Arievaldo Viana); "O Mercador e o Gênio" (Damásio Paulo); "Aladim e a Lâmpada Maravilhosa" e "Romance de Bernardo e Sara ou a Promessa dos Dois Irmãos" (Evaristo Geraldo da Silva); "História de Ali Babá e os Quarenta Ladrões" e "O Ladrão de Bagdá" (Rouxinol do Rinaré).
Os títulos que compõem a caixa são: "O Cachorro Encantado e a Sorte da Megera" (Antônio Klévisson Viana); "O Príncipe da Pérsia e o Cavalo Encantado" (Sávio Pinheiro); "O Crime das Três Maças" (Arievaldo Viana); "O Mercador e o Gênio" (Damásio Paulo); "Aladim e a Lâmpada Maravilhosa" e "Romance de Bernardo e Sara ou a Promessa dos Dois Irmãos" (Evaristo Geraldo da Silva); "História de Ali Babá e os Quarenta Ladrões" e "O Ladrão de Bagdá" (Rouxinol do Rinaré).
Lançamento do Pavão em quadrinhos, na IV Bienal de Fortaleza-CE
Caro amigo, fique a vontade para publicar o cordel na íntegra ou em partes em seu blog, dadas as devidas referências!
ResponderExcluirÉ de grande alegria para nós sermos citados neste blog tão rico em relação à literatura de cordel!
Abraços,
Equipe Cordelirando