segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

TREZE DE DEZEMBRO, A CANÇÃO


Gonzaga anima seus primeiros 'sambas' num fole 'pé-de-bode'

TREZE DE DEZEMBRO
Luiz Gonzaga - 50 anos de chão - disco 1

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TREZE DE DEZEMBRO, A CANÇÃO

Começam hoje (oficialmente) em todo o país, especialmente no Nordeste, as comemorações alusivas ao centenário de Luiz Gonzaga do Nascimento, o Rei do Baião, a voz mais expressiva da música nordestina e uma das principais matrizes criativas da MPB.
Em 05 de fevereiro 1953 no auge de sua parceria com Zedantas, Luiz Gonzaga volta a gravar uma música instrumental, coisa que vinha abandonando aos poucos desde que começara a fazer sucesso como cantor. No lado “A” do bolachão de cera estava o sucesso “Xote das meninas” e no lado “B” a bela composição instrumental. Trata-se do chorinho “Treze de dezembro”, referência explícita à data de seu nascimento, gravação de insuperável beleza, lançada em maio do mesmo ano (80-1108-B, matriz BE3VB-0008). A composição nascera em dezembro de 1952, quando Gonzaga completara 40 anos e o amigo Zedantas surgiu com o tema quase pronto... Digo “quase” porque faltava a música receber o toque mágico, a roupagem tecida pela sanfona do mestre “Lua’, que prova de maneira incontestável ser um grande instrumentista nessa ótima gravação.
Muito tempo depois, numa singela homenagem ao mestre, o compositor baiano Gilberto Gil resolveu colocar uma letra na canção que acabou sendo gravada por Elba Ramalho num de seus melhores discos, o CD “Leão do Norte”, de 1996.

TREZE DE DEZEMBRO
Melodia de Luiz Gonzaga e Zedantas
Letra de Gilberto Gil
Gravação de Elba Ramalho no CD Leão do Norte

Bem que esta noite eu vi gente chegando
Eu vi sapo saltitando
E ao longe ouvi o ronco alegre do trovão
Alguma coisa forte pra valer
Estava para acontecer na região
Quando o galo cantou
Que o dia raiou eu imaginei
É que hoje é treze de dezembro e a treze de dezembro
Nasceu nosso rei
O nosso rei do baião
A maior voz do sertão
Filho do sonho de D. Sebastião
Como fruto do matrimônio
Do cometa Januário
Com a estrela Santana
Ao nascer da era do Aquário
No cenário rico das terras de Exu
O mensageiro nu dos orixás
É desse treze de dezembro
Que eu me lembrarei e sei que não me esquecerei jamais.

No link abaixo, um redirecionamento para o maravilhoso site FORRÓ EM VINIL (www.forroemvinil.com) onde a gravação de Elba encontra-se disponível para download.

Para baixar esse disco: http://www.forroemvinil.com/?p=7

Um comentário:

  1. Por e-mail, ABILIO NETO enviou-me o seguinte comentário, muito interessante sobre essa parceria entre GONZAGA/ZEDANTAS. Realmente os fãs de Zedantas superdimensionam sua importância na parceria como se isso pudesse aumentar o seu talento e diminuir o brilho de Luiz Gonzaga. A mesma coisa ocorre com os detratores que dizem que Gonzaga não era um bom sanfoneiro. TREZE DE DEZEMBRO é a ponta do iceberg para mostrar que Gonzaga era sim, grande compositor e excelente instrumentista:

    "Prezado Arievaldo, eu não sei quais foram as suas fontes, mas reina uma grande injustiça no Brasil em relação a essas parcerias de Luiz Gonzaga com Zé Dantas. Eu até conheço algumas músicas que Luiz Gonzaga só fez a “sanfonização” como ele dizia. Mas este não é o caso do choro Treze de Dezembro. Nas minhas pesquisas nunca encontrei um choro composto por Zé Dantas, ao contrário de Luiz Gonzaga, que de 1941 a 1945 compôs vários. Um choro como este, de três partes, com essas harmonias, foge ao perfil musical de Zé Dantas. Suas melodias eram mais simples. Assim sendo, eu sou de opinião que em função daquele acordo de parceria informal que havia entre eles, a música saiu em nome dos dois, porém fora produzida por Luiz Gonzaga somente. Nem mesmo aquela barbaridade que escreveram no encarte de um dos CDs da Revivendo sobre a origem desse choro me convence. Certa vez Dominguinhos disse que este choro trazia toda a essência de Gonzaga para compor esse tipo de música. Abraços do


    Abílio Neto"

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