segunda-feira, 12 de setembro de 2011

NA BIENAL DE PERNAMBUCO

No dia 07 de outubro de 2009 estive participando de uma "mesa redonda" na Bienal do Livro de Pernambuco, sobre Literatura de Cordel na Escola. Participaram também Tarciana Portela, Igor, da Editora Coqueiro e o poeta José Honório, do movimento Unicordel.
Eis uma matéria publicada no site do MINC sobre a referida palestra:

Literatura de Cordel na Bienal de Pernambuco (2009)

RRNE/MinC promove debate sobre o segmento na VII Bienal Internacional do Livro de Pernambuco

A VII Bienal Internacional do Livro de Pernambuco reuniu, na tarde da última segunda-feira, 5 de outubro, no Auditório Carlos Pena Filho, no Centro de Convenções, em Olinda, um público interessado no debate em torno da Literatura de Cordel.  Na mesa ‘A Hora e a Vez do Cordel’ estavam presentes Tarciana Portella, chefe da Representação Regional Nordeste do Ministério da Cultura; Arievaldo Viana, cordelista; José Honório da Silva, da Unicordel e o diretor da Editora Coqueiro, Igor Santos.
Tarciana Portella comentou a importância desse tipo de debate para dar continuidade ao processo iniciado em maio deste ano, quando foi realizado, em Brasília, o 1º Encontro Nordestino de Cordel. Na ocasião, cordelistas de todo o país estiveram reunidos para discutir propostas para o segmento, como a necessidade de aquisição de folhetos de cordel para composição de acervo das bibliotecas públicas (MinC/MEC), a busca pela regulamentação da profissão de cordelista e a possibilidade de se produzir um programa na TV Brasil, sobre Cordel, em cadeia nacional.
O cordelista cearense Arievaldo Viana comentou que foi alfabetizado com os livretos de Cordel e que a sua avó recitava poesias incansáveis vezes, sem saber que, no futuro, estaria formando um novo artista popular.  Arievaldo, conhecido como Quixote do Letramento, comentou que “há 10 anos vive numa cruzada para divulgar a literatura de Cordel em vários estados”.
Para incentivar o consumo dos livretos nas escolas, a aposta de Arievaldo é editar cordéis no formato de cordelivro, “mais atraente para as crianças, pois dessa forma é mantida a tradição do conteúdo (métrica, rima e cadência), numa edição ilustrada, em cores, mais moderna”.
Um dado curioso chamou a atenção dos participantes do evento. Arievaldo informou que existem na Biblioteca do Senado americano mais de 10 mil títulos de literatura de Cordel. “Eles nos disseram que queriam conhecer a produção das camadas populares da cultura brasileira”. A queda das Torres Gêmeas, em 11 de setembro, nos Estados Unidos resultou, aqui, na confecção de 38 folhetos sobre o tema. “Já contabilizamos mais de cinco mil artistas em atividade no Brasil; existe a história oficial, e a história paralela, a que é contada por nós cordelistas”, finalizou Arievaldo.
Dando continuidade ao debate, José Honório da Silva, representante da Unicordel (PE), enfatizou a questão da tecnologia à serviço da produção de Cordel. “Não devemos nos preocupar com a forma como se imprime um livreto, devemos aproveitar a democratização do acesso à tecnologia e imprimir literatura de Cordel, estimulando e fomentando a produção”.

(Rose Andrade, Ascom RRNE/MinC)

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