Igreja de Nossa Senhora do Patrocínio, Praça José de Alencar, Fortaleza-CE.
ESTRANHA CONVERSA DE DOIS "CRISTÃOS"
NA PORTA DE UMA IGREJA
Ontem dei uma passadinha
na Igreja do Patrocínio, na Praça José de Alencar, templo que espaçadamente
frequento desde que passei a residir por essas bandas, para uma breve conversa
com Deus e com meu Anjo da Guarda. Como de costume, peço PAZ, SAÚDE e PROTEÇÃO para mim e para os meus. E em seguida agradeço as graças que tenho recebido.
Ao pisar no batente do
templo vetusto, deparei com dois idosos bem vestidos, que conversavam aos berros, dirigindo
impropérios aos moradores de rua que pedem esmolas ou praticam pequenos furtos naquele
logradouro, desejando-lhes uma morte violenta e cruel:
— O governo devia matar ‘tudim’
e depois tocar fogo nessas desgraças!
E o outro acudiu, de
pronto:
— A culpa é do Lula, que
colocou o País nesse estado de miséria.
O primeiro, concordando plenamente com o segundo, retrucou, elevando o tom de voz para que todos o ouvissem:
— Ainda bem que a
Justiça foi feita e aquele amaldiçoado vai morrer na cadeia! Já pegou mais de
sessenta anos de prisão.
Percebendo que eu os
fitava com espanto, fizeram uma expressão de ódio incontido e me fuzilaram com
os olhos, como quem desafia dizendo:
— Achou ruim?
Achei, mas fiquei calado, porque discutir com esse tipo de gente é a mesma coisa que atirar pedras na lua. É mais fácil receber gentileza e afagos de um cão pit-bull... E saí dali refletindo sobre o Evangelho de Mateus.
Evangelho segundo S. Mateus 25,31-46.
“Naquele tempo, disse
Jesus aos seus discípulos: «Quando o Filho do homem vier na sua glória com
todos os seus Anjos, sentar-Se-á no seu trono glorioso.
Todas as nações se
reunirão na sua presença, e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa
as ovelhas dos cabritos; E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à
sua esquerda.
Então o Rei dirá aos
que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai; recebei como herança
o reino que vos está preparado desde a criação do mundo.
Porque tive fome e
destes-Me de comer; tive sede e destes-Me de beber; era peregrino e Me
recolhestes; Não tinha roupa e Me vestistes; estive doente e viestes
visitar-Me; estava na prisão e fostes ver-Me’.
Então os justos Lhe
dirão: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome e Te demos de comer, ou com sede
e Te demos de beber?
Quando é que Te vimos
peregrino e Te recolhemos, ou sem roupa e Te vestimos?
Quando é que Te vimos
doente ou na prisão e Te fomos ver?’.
E o Rei lhes
responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos
mais pequeninos, a Mim o fizestes’.
E, por conta desse episódio ocorrido ontem,
dia 15 de março de 2019, às dez e meia da manhã, na Igreja do Patrocínio,
escrevi este soneto:
A VIRTUDE DO PECADO
Não tinha roupa e Me vestistes;
estive doente e viestes visitar-Me; estava na prisão e fostes ver-Me’.
O pecado se torna uma virtude
Quando afronta a cruel hipocrisia
De quem finge ser criatura pia
E contudo, nem a si mesma ilude.
Tenho visto hipócrita amiúde
Condenando, por pura aleivosia,
Criticando de forma doentia,
Desejando ver alguém no ataúde.
Ontem mesmo, na porta de um templo
Vi um torpe hipócrita desejando
Uma morte cruel a um semelhante.
De Jesus jamais segue o bom exemplo
Vi a cena e saí dali pensando:
— Como faz falta ao INFERNO de DANTE!
Arievaldo Vianna
16.03.2019
CONCLUSÃO: Democraticamente falando, acho que todos têm o sagrado direito de defender o seu ponto de vista, por mais equivocado que possa parecer. O que eu não admito, nem Jesus admitia, é a hipocrisia desses fariseus que ele chamava de "raça de víboras". Se pensa desse modo, não se proclame CRISTÃO nem faça esse tipo de prédica na porta de uma igreja.
Arievaldo Vianna
16.03.2019
CONCLUSÃO: Democraticamente falando, acho que todos têm o sagrado direito de defender o seu ponto de vista, por mais equivocado que possa parecer. O que eu não admito, nem Jesus admitia, é a hipocrisia desses fariseus que ele chamava de "raça de víboras". Se pensa desse modo, não se proclame CRISTÃO nem faça esse tipo de prédica na porta de uma igreja.
...como faz falta o inferno de dante!
ResponderExcluirTem muita coisa a se comentar nesse seu texto e poema, mas quero me prender em dois pontos, aliás, três: a hipocrisia dos fariseus; se eles fazem isso frente a uma igreja, imagina quando vão ao cabaré?; e sua fé, ah! Como invejo-a, pois aprendi que a fé é um dom, pena que nasci sem ele. Quanto a Matheus, o discípulo que hunca pediu tudo para os dele mais come essa bronca, que fiquemos com os ensinamentos de Jesus através dele.
Desculpe-me pelo mais, não deu para corrigi-lo.
ResponderExcluirJosé Augusto Moita, obrigado pelo comentário. Você disse tudo. Obrigado pelo comentário e visite sempre o nosso blog.
ResponderExcluirComo dizia JOÃO BOSCO uma postagem dessas é igual KID CAVAQUINHO, fere fundo que nem punhal. kkkkk
ResponderExcluir