Poeta Evaristo Geraldo na companhia de Chico Pedrosa, Marcelo Soares
e Arievaldo Viana, em Fazenda Melancia - município de Paulista-PB, terra
natal de Leandro Gomes de Barros.
No sertão de
antigamente
Autor: Evaristo
Geraldo
No sertão de
antigamente
Tudo era mais salutar:
Rios e açudes limpos,
Sem Poluição no ar.
As florestas tropicais
Cercavam nossos
quintais,
Era lindo o
comtemplar!
Na casa do camponês
Entrava comida pura.
Na merenda sempre
tinha
Leite, cuscuz,
rapadura,
Água fresquinha no
pote,
No almoço capão,
capote
Com feijão verde e
fuçura.
O jantar do sertanejo
Era farinha e
coalhada.
Após o jantar ficavam
No alpendre ou latada.
Ali com muita atenção
Falavam de
assombração,
De reinos, príncipes e
fada.
Naquelas bocas de
noite
Sempre faziam leitura
De romances de
princesas,
Ou folhetos de bravura
E o leitor, pouco
letrado,
Lá recitava empolgado
Versos com
desenvoltura
As crianças do passado
Não desenhava em
Corel.
Muitas nunca receberam
A visita do Noel
E por serem mui
carentes
Nunca ganhavam
presentes,
Nem brincavam em
carrossel.
Mesmo sem ganhar
presentes
As crianças eram
felizes.
Faziam os próprios
brinquedos,
As mais belíssimas
matrizes.
Com ossos velhos de
gados
Faziam bandos,
soldados,
Conforme suas raízes.
Antigamente os
meninos,
Que moravam no sertão
Para brincar
precisavam
Forçar a imaginação
Uns fingiam ser
soldados
Ou cangaceiros
malvados
Do bando de Lampião.
Quem viveu naquela
época
Traz tatuado na mente
Boas lembranças
vividas
Ao lado de sua gente,
Cenas que o tempo
apagou,
Mas que o cérebro
preservou
Lá no subconsciente!
Da infância nós
trazemos
Esses referenciais,
São estigmas que
conduzem
Pelas veredas atuais.
Memórias, belas
lembranças
Vividas, quando
crianças,
Junto dos manos, dos
país!
Fim
EVARISTO GERALDO
A criança sertaneja
ResponderExcluirBrincava de vaquejada
O terreiro era a pista
As ovelhas a boiada
O cavalo do vaqueiro
De vara de marmeleiro
Tornava a festa animada
Tempos bons e bem vividos.