O VAGALUME
Quando menino, eu tinha por costume,
Nas noites invernosas, no quintal,
Correr atrás e, sem noção do mal,
Prender numa caixinha um vagalume.
Prendia-o. E guardava com ciúme
Aquele brinquedinho natural,
Privando-o, nesse cárcere brutal,
De colorir a noite com seu lume.
Agora, quando um vagalume eu vejo
Livre, dentro da noite o seu lampejo
Me faz sentir no peito um pesadelo:
Não por remorso à falta cometida,
Mas por pensar que há muito está perdida
Minha santa inocência de prendê-lo.
Nas noites invernosas, no quintal,
Correr atrás e, sem noção do mal,
Prender numa caixinha um vagalume.
Prendia-o. E guardava com ciúme
Aquele brinquedinho natural,
Privando-o, nesse cárcere brutal,
De colorir a noite com seu lume.
Agora, quando um vagalume eu vejo
Livre, dentro da noite o seu lampejo
Me faz sentir no peito um pesadelo:
Não por remorso à falta cometida,
Mas por pensar que há muito está perdida
Minha santa inocência de prendê-lo.
PEDRO PAULO PAULINO
(Publicado no Recanto das Letras)
Belo, com forma e conteúdo admiráveis!
ResponderExcluir[]s
RAFAEL CASTELLAR DAS NEVES
Boa tarde ! Eu preciso muito saber onde foi que você conseguiu essa foto com os vaga-lumes dentro dos vidros. Quero achar o contato para ver se consigo comprar. É muito importante. Obrigada !
ResponderExcluirOlá Josiane Menezes, boa noite. Visitei seu blog e achei muito bacana. Parabéns!
ResponderExcluirSinceramente eu não lembro de onde veio essa imagem... Já faz tanto tempo. Talvez do Google. Sei que o Soneto é do poeta cearense Pedro Paulo Paulino e foi publicado no Recanto das Letras. Se houver alguma restrição quanto ao uso dessa imagem eu posso retirá-la, sem problemas. Centenas de imagens criadas especialmente para esse blog já correm meio mundo e eu nunca me preocupei com isso. Esse blog "Acorda Cordel" não tem nenhum fim lucrativo. É apenas um hobby.