segunda-feira, 1 de agosto de 2011

CORDEL NA ESCOLA



Acorda Cordel na Sala de Aula

Autor: Arievaldo Vianna



Quando ainda não havia

O Rádio e a televisão

E os jornais não chegavam

Pra toda população

O folheto de CORDEL

Era o JORNAL DO SERTÃO



Lendo folhetos, então

O nosso povo sabia

Lenda de rei e princesa

E fato que acontecia...

Por ser cultura do povo

Inda resiste hoje em dia.



Muita gente o aprecia

Nas camadas populares

Porque leva informação

E divertimento aos lares

É cultura que resiste,

Forte, apesar dos pesares.



Conheço muitos lugares

Nos cafundós do sertão

Onde o cordel é usado

Para a alfabetização

É o Professor Folheto

Herói da educação.



Leandro Gomes então

Foi o grande pioneiro

Na publicação de versos

Por este Brasil inteiro

Nasceu lá na Paraíba

Este vate brasileiro.



Usando o canto guerreiro

Da Gesta Medieval

Antigas lendas Ibéricas

Contos de fada, afinal,

Foi que Leandro moldou

Essa arte magistral.



Deu ao folheto afinal

Um formato brasileiro

Revendo o “Ciclo do Gado”

Criou o “Boi Mandingueiro”

Falou de Antônio Silvino

Um famoso cangaceiro.



De títulos quase um milheiro

Nosso Leandro escreveu

Sustentou mulher e filhos

Com a arte que Deus lhe deu

Propagou pelo Nordeste

Somente disso viveu.



Quando Leandro Morreu

O cordel continuou

João Martins de Athayde

Muito tempo publicou

Obras de vários poetas

E assim o consolidou.



A informática chegou

Com a globalização

Com antenas parabólicas

Espalhadas no sertão

Mas o folheto garante

Boa comunicação.



Agora, na EDUCAÇÃO

O folheto faz figura

As escolas descobriram

Que o cordel é cultura

Meus parabéns para nossa

Popular literatura.



XILOGRAVURA - João Pedro Neto (Juazeiro-CE)

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