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quarta-feira, 4 de maio de 2016
terça-feira, 3 de maio de 2016
Jô Oliveira no Salão FNLIJ
JÔ
OLIVEIRA ESTARÁ NO 18º SALÃO FNLIJ DO LIVRO PARA CRIANÇAS DE JOVENS
O ilustrador Jô Oliveira, com que já fizemos vários livros em
parceria, participará da 18ª edição do SALÃO FNLIJ DO LIVRO PARA CRIANÇAS E
JOVENS, no Rio de Janeiro. Jô participará dos Encontros Paralelos FNLIJ
/ PETROBRAS, atividade do 18º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, que
será realizado de 8 a 19 de junho de 2016, no Centro de Convenções Sul América,
Av. Paulo de Frontin, nº 1, Cidade Nova, Rio de Janeiro.
Sua
apresentação será no dia 17 de junho, na mesa Shakespeare, às 14 horas. O tempo destinado à sua
participação será de 15 minutos. Nessa ocasião, Jô Oliveira falará das
adaptações que fizemos da obra de Shakespeare para o Cordel: A ambição de
Macbeth (PNBE 2009), SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO (Ed. Amarylis) e OTHELO E
DESDÊMONA (Editora Pallas), bem como de outras adaptações feitas por Marco
Haurélio (Rei Lear, A megera domada) e José Santos (Muito barulho por nada). A informação
sobre a participação de Jô Oliveira no Salão FNLIN é de Elizabeth Serra - Secretária
Geral - FNLIJ
OUTRAS ADAPTAÇÕES: A obra mais frequentemente
adaptada para o cordel da qual conhecemos, pelo menos, umas três versões é
Romeu e Julieta. A primeira delas foi feita na primeira metade do Século XX,
por João Martins de Athayde. Atualmente venho trabalhando na adaptação de
algumas obras de Shakespeare ambientadas no Nordeste (livre adaptação) mantendo
a essência da narrativa do grande dramaturgo inglês. Essa nova série está sendo
coordenada por Arlene Holanda e deverá sair pela Editora IMEPH.
Outro clássico da Literatura Universal que
também vem recebendo várias adaptações de Arievaldo Vianna, Stélio Torquato e
do falecido Manoel Monteiro é Miguel de Cervantes, autor de D. Quixote e de
Novelas Exemplares.
Vale lembrar ainda que meu compadre Stélio
Torquato Lima também lançou as peças de Shakespeare em cordel pela editora
Armazém da Cultura, com ilustrações de Fernando Vilela.
SHAKESPEARE E O CORDEL
O dramaturgo cearense José Mapurunga, ao
analisar a minha adaptação de Macbeth, disse o seguinte: “Muitos enredos das
maravilhosas peças teatrais de Shakespeare foram colhidos em cordéis vendidos
nas feiras européias no século XVI. Eram enredos simples, escritos a maioria das
vezes em prosa, que ganharam sangue, carne e nervos nas reflexões sobre a
natureza humana tecidas por um dos mais geniais autores de todos os tempos.
Daí, causa-me um certo espanto serem poucos os textos de Shakespeare que
retornaram ao cordel feito no Brasil, acrescentados dos elementos que induzem
às pessoas a refletirem sobre os maus passos que possam dar sob a influência de
pensamentos destruidores.”
Em Sonho de uma
noite de verão o grande dramaturgo inglês mistura elementos da mitologia grega
e da fábula, dando um ‘toque de Midas’ com a sua genialidade, o que faz de seu
texto uma obra sempre visitada e própria para releituras. A presença de
personagens com poderes mágicos como a Rainha das Fadas, Oberon, o Rei dos
Elfos e o atrapalhado Puck dão um toque de encantamento à história que ainda
hoje fascina pessoas de todas as idades. Os desencontros iniciais entre os dois
casais culmina em um final feliz, coisa que não é comum na obra desse autor. Eu
gosto de histórias com final feliz. Quando o ilustrador Jô Oliveira propôs a
adaptação de algumas obras de Shakespeare para um formato infanto-juvenil,
achei que essa fosse uma das peças mais adequadas para esse público.
De antemão asseguro que essa adaptação prima
pela fidelidade ao original do bardo britânico, com o mérito de renovar a
linguagem para um estilo brasileiro por excelência, a Literatura de Cordel,
através de 40 sextilhas (estrofes de seis versos de sete sílabas) a modalidade
mais recorrente nesse gênero poético. No cordel, a rima e a métrica emprestam
um ritmo a narrativa tornando-a muito agradável quando lida em voz alta. Que
venham novas adaptações, pois Shakespeare bem que o merece. E o público leitor,
principalmente das escolas, tem muito a ganhar com isso.
Arievaldo
Viana