sábado, 27 de dezembro de 2014

AINDA LEANDRO...



Por e-mail, recebi esse texto do poeta Geraldo Amâncio, um dos maiores expoentes da cantoria na atualidade e também excelente poeta de bancada (seu cordel sobre Antonio Conselheiro e a Saga de Canudos não me deixam mentir), falando de suas impressões sobre o livro “LEANDRO GOMES DE BARROS – VIDA E OBRA, de minha autoria. É mais que gratificante granjear o reconhecimento de uma figura como Geraldo, depois de uma pesquisa longa e exaustiva como essa que acabo de transformar em livro:

“Neste final de semana concluí a leitura de um dos melhores livros que já tive oportunidade de ter em mãos. Trata da trajetória sofrida e gloriosa do poeta maior que até hoje o cordel conhece: Leandro Gomes de Barros.
O livro fala da orfandade do genial poeta aos 8 anos de idade, dos dias de escolaridade e desentendimento com o tio padre, mestre latinista que tornara-se o seu tutor. Da sua grande amizade com o poeta escritor Francisco das Chagas Batista, onde a força da poesia e a similaridade de talentos fizeram com que a admiração dos dois fosse recíproca.
Mostra a cópia da certidão de óbito precoce em 1918. Aborda o assunto da venda da sua produção poética, pela viúva, ao também poeta cordelista João Martins de Athayde que depois, de forma impiedosa e até covarde, exclui o nome do autor  das obras e vende como sendo de sua autoria. Trunca os acrósticos para confundir os leitores e dessa forma cria uma polêmica que perdura até os dias de hoje, entre os pesquisadores de faro mais apurado.
O livro é desses que a gente ler até o sono chegar e dorme querendo acordar, para ler as páginas seguintes.
Se a internet fosse capaz de transpor os umbrais do infinito e levasse ao poeta Leandro Gomes de Barros o que está contido nesse livro, ele ficaria embevecido, deslumbrado e agradecido ao poeta Arievaldo Vianna, pela justiça feita em torno da sua obra e do seu nome.
Desconheço quem tenha feito algo de maior envergadura. O livro é uma preciosidade. Parabéns poeta Ariveldo Viana. Que Deus o inspire sempre”.  

Com muita admiração,

Geraldo Amancio
Fortaleza, 24/12/2014.