sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

CIDADÃO CANINDEENSE

 
A nossa curta passagem pela terra é composta de etapas que, a rigor, deveriam servir para melhorar a nossa trajetória enquanto seres humanos na vida afetiva, profissional e social. É pena que nem todos conseguem reter experiências, conquistar e manter amizades, buscar o aperfeiçoamento de suas ações e granjear o respeito e a simpatia das pessoas que o cercam. Uma das etapas mais importantes de minha vida foi vivenciada em Canindé, cidade que me adotou no começo de 1980, com a qual eu já flertava desde o começo da década anterior, quando vinha acompanhado de meus pais ou dos meus avós para os festejos de São Francisco das Chagas ou para a animada Noite de Natal. Posso dizer, com segurança, que o período que vivi efetivamente naquela cidade, de 1980 a 1992 (e depois a trabalho, em períodos intercalados) foi uma etapa proveitosa da minha vida, que serviu para o meu amadurecimento em todos os sentidos. Conquistei sólidas amizades, das quais eu citaria duas em especial: o professor Laurismundo Marreiro, espécie de guru da nossa geração de literatos e artistas gráficos e o historiador Chico Karam, ambos já falecidos. Eles e outras pessoas (que prefiro não citar, para não omitir nomes e cometer injustiças) foram essenciais na minha formação.
Em Canindé militei na imprensa (escrita e falada) e na política (como publicitário) e na área da cultura tendo desempenhado essas tarefas com dedicação e afinco, sempre obtendo resultados satisfatórios. Foi lá que lancei as sementes do meu projeto Acorda Cordel na Sala de Aula, na época do então secretário de educação Celso Crisóstomo, prefeito eleito daquele município no pleito recém-findo.
Por esses e outros laços de identificação com aquele município, recebo com muito orgulho o título de CIDADÃO CANINDEENSE, concedido pela Câmara Municipal de Canindé, por iniciativa da vereadora Zeleide Araújo. Fiquei muito grato pela lembrança, honrado com esse reconhecimento e me fiz acompanhar, dentre outros, do amigo Antônio Anastácio Pereira (o Jaspion) uma das pessoas que sempre estiveram presentes nas minhas atividades do dia-a-dia.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

LANÇAMENTO

O Armazém da Cultura lança
O “beabá” do sertão na voz de Gonzagão

Nos 100 anos de nascimento de LUIZ GONZAGA, o ARMAZÉM DA CULTURA lança uma expedição exploradora ao universo do sertão gonzagueano, capitaneada por Arlene Holanda e Arievaldo Viana e enriquecida pelas cores e formas de Suzana Paz.  

Embora escrita a quatro mãos, O “beabá” do sertão na voz de Gonzagão é obra singular. Arievaldo e Arlene captam nas rimas e ritmos do cordel todo o múltiplo universo cultural nordestino presente na obra magistral de Luiz Gonzaga, o rei do baião. O límpido texto em prosa, contextualizado à obra de Gonzagão, descreve os costumes, a sabedoria, a cultura e a lida da gente nordestina. O livro é um verdadeiro be-a-bá do sertão em verso e prosa.

O resultado são 100 páginas em cordel, prosa, formas e cores, abordando os seguintes  temas: forró, seca e inverno, feira, ofícios, folguedos, cangaço, fauna, flora, costumes, crenças.
 
 

Por ocasião do lançamento teremos:

Bate-papo sobre o tema: Luiz Gonzaga e as identidades nordestinas - participação dos autores e convidados: Geraldo Amâncio (Apresentador  e repentista), José Rômulo (produtor do programa Reouvindo o Nordeste), Elba Braga Ramalho (doutora em Musicologia) e Sulamita Vieira ( doutora em Sociologia). 

Apresentação musical: Dilson Pinheiro e banda Cacimba de Aluá.

Sobre os autores:
 
Arlene Holanda

Nasci numa comunidade rural chamada Córrego de Areia, em Limoeiro do Norte, no Ceará.  As músicas de Luiz Gonzaga marcaram presença em minha infância: minha mãe era grande fã. Várias fotos do artista decoravam o interior de sua mala. Gostava especialmente das canções A morte do Vaqueiro, O cheiro da Carolina e me divertia ouvindo Lorota boa e Siri jogando bola. A curiosidade e o gosto por histórias me fez escolher o curso de História, o interesse por educação determinou a escolha da especialização em Ensino de História e História da África. Gosto também de ilustrar e criar objetos e estampas, quase do mesmo tanto que de escrever. Especializei-me também em Artes Visuais. Escrevo em variados gêneros e estilos literários. Tenho uns 34 livros publicados, entre literatura (adulto, infantil e juvenil), didáticos e obras complementares. Seis títulos de minha autoria foram selecionados para compra em editais do MEC (PNBE E PNLD). Fui ganhadora de vários editais e prêmios: da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ, Ministério da Cultura, Secretaria de Cultura do Estado do Ceará e Secretaria de Cultura de Fortaleza. Além de escritora, atuo também como editora, educadora, ilustradora e designer.

 Arievaldo Viana

Nasci no Sertão Central do Ceará, fui criado com feijão de corda, cuscus e rapadura, à luz de lamparina, bebendo água de pote e ouvindo forró de Gonzagão. A música de Luiz Gonzaga inunda meus ouvidos desde que me entendo por gente, forte, autêntica, telúrica, atemporal! As primeiras músicas que me peguei cantarolando quando menino foram “Siri jogando bola” jogando bola”, “Forró de Mané Vito” e “A letra I”. ”. No meu entender de menino, aquilo já existia desde o começo das Eras, estava no meu sangue e no DNA do povo nordestino.

Alfabetizei-me em meados da década de 1970, graças ao valioso auxílio da Literatura de Cordel.Tive como referência o meu pai, Evaldo Lima e minha avó, Alzira de Sousa Lima, que liam folhetos de cordel em voz alta para as crianças da família. Muito cedo descobri minha vocação poética, mas só comecei a publicar no final da década de 1990: uma caixa de folhetos com 10 títulos chamada Coleção Cancão de Fogo, sucesso imediato de vendas e de crítica.

Idealizei e realizei o Projeto Acorda Cordel na Sala de Aula, que utiliza a poesia popular como ferramenta paradidática, sucesso em diversos estados brasileiros. Sou membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.

Tenho mais de 100 folhetos publicados e dezenas de livros, alguns dos quais adotados pelo MEC através do PNBE (Programa Nacional da Biblioteca Escolar) e outros programas governamentais.
 
Sobre a Ilustradora

Suzana Paz

Nasci em Fortaleza, Ceará. Sou ilustradora e designer gráfica. Ilustrei vários livros em editoras da capital cearense como: O mistério da professora Julieta, O diário do Sol, Buá-buá, chuá-chuá, entre outros. Na minha infância e adolescência sempre desenhei um universo colorido, com histórias e personagens que só eu conhecia. Atualmente trabalho no Armazém da Cultura, fazendo o que mais gosto: livros. 

Para ilustrar O “beabá” do sertão de Gonzagão desenvolvi um estilo com referência na arte naif, nas esculturas em madeira policromada dos artistas do Cariri, nas peças de barro da escola artística de mestre Vitalino. Dei preferência as cores primárias, presentes no tecidos de chitão, nas flores de papel crepom e nas bandeirinhas de São João.
 
Serviço:

Lançamento do livro
Data:     19 de dezembro de 2012
Hora:     19:30
Local:     Espaço Rogaciano Leite Filho  
               Centro Dragão do Mar
Rua   Dragão do Mar, 81
Fone:    (85) 3488.8616
Editora:   Armazém da Cultura
Preço de capa: R$ 50,00
Preço de lançamento R$ 40,00

ISBN:               978-85-63171-53-5
Fone:               (85) 3224.9780

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Rádio Câmara de Brasilia

Arievaldo Viana lança:

A vida de Luiz Gonzaga em forma

de literatura de cordel

Bloco 1



No programa Aplauso, deste sábado você ouve a segunda parte da série de oito programas mensais dedicados ao centenário de Luiz Gonzaga. Nos programa serão abordados diferentes aspectos da vida do Rei do Baião que completaria 100 anos, em 13 de dezembro deste ano. O escritor Arievaldo Viana é o entrevistado da jornalista Carmen Delpino. Ele é autor do livro “Rei do Baião - do Nordeste Para o Mundo”, onde conta a vida de Luiz Gonzaga em forma de literatura de cordel. Arievaldo Viana é especialista em cultura popular, radialista, cordelista e conhece profundamente a trajetória de Luiz Gonzaga. Na entrevista, ele conta detalhes da infância pobre de Gonzaga e fala do talento precoce do artista. Arievaldo Viana também revela o fascínio do Velho Lua pelo cangaceiro Lampião.
 

Apresentação: Carmen Delpino
 
 
Selo postal do centenário, por Jô Oliveira
 
 
Link para a postagem completa:
 

PELAS ESTRADAS DO SERTÃO



Apesar da inclemente estiagem que assola o sertão cearense, ainda é possível flagrar aspectos de rara beleza, principalmente na fauna e flora nativa. O bioma da caatinga, um dos mais ricos de todo o planeta, vem sendo massacrado décadas após décadas por pura desinformação de seus habitantes. Ainda se pratica as queimadas e o corte indiscriminado das plantas sertanejas. Ao fundo, nas margens dessa estrada que liga a BR-020 ao município de Itatira, vemos uma pilha de troncos de árvores derribadas, possivelmente em alguma broca, árvores que certamente irão abastecer o forno de alguma padaria ou, quando muito, virar estacas para cercar algum terreno. Felizmente essa árvore secular resiste bravamente, graças ao apego de 'seu' Domingos, o propritário do quintal onde ela se encontra encravada há tantas décadas.