O deputado Lula Morais (PCdoB) homenageando a Orquestra Eleazar de Carvalho,
o cantor Raimundo Fagner (representado por sua irmã Marta Lopes) e o poeta Arievaldo
Agradecimento de Arievaldo Viana
Saúdo primeiramente
A todos os deputados
Às demais autoridades
E artistas convidados
Nesta solene sessão
Em nome de Gonzagão
E dos homenageados.
Ao nosso LULA
MORAIS
Meus cumprimentos primeiros
Por fazer esta homenagem
Junto com seus companheiros
Ao saudoso Gonzagão
O grande Rei do Baião
Orgulho dos brasileiros.
Um
mandato comunista
Deve
sempre se orgulhar
Dos
heróis de nossa gente
E
sua luta sem par
Em
defesa do povão
Da terra
e da tradição
Da
Cultura Popular!
Também a Raimundo
Fagner
Pelo seu grande trabalho
Sempre divulgando o mestre
Buscando o melhor atalho;
E usando uma rima destra
Quero saudar a orquestra
Eleazar
de Carvalho.
A Orquestra aqui citada
Tem um trabalho bonito
Misturando o popular
Com pitadas do erudito;
E Fagner, na mesma saga,
Fez dois discos com Gonzaga
Equiparando-se ao mito.
Nosso Carneiro
Portela
Tem a cara do sertão
Sempre foi divulgador
Do eterno Rei do Baião,
Seu legado não é pouco
Com o Nordeste “Cabôco”
De Mãe Preta e Pai João.
Paulo
de Tarso é poeta
Traz rimas de caminhão
Lá dos confins de Tauá
Traz seus folhetos na mão
Vai portanto o meu abraço
Para o bom Paulo
de Tarso
Colega de profissão.
O nosso fotógrafo Arlindo
Que é colecionador
Da obra de Gonzagão
Da cultura um lutador;
E com as bênçãos de Deus
Eu louvo Dimas
Matheus
E a Casa do Cantador.
Nosso Pedrinho
Sampaio
Na mesma arte se irmana
Grande comunicador
E cordelista bacana
Nesta saudação que faço
Receba pois, o abraço,
De Arievaldo
Viana.
Sou matuto cearense
Nasci no Sertão Central
Gibão e chapéu de couro
Foram o primeiro enxoval
Faço repente brincando...
Aqui vou me apresentando
Para todo o pessoal.
Do espaço sideral
A minha energia emana
O meu verso soa claro
Doce como mel da cana
Sou poeta de cordel
Trovador, o menestrel
Arievaldo
Viana.
Agora passo a falar
Do grande homenageado
Sanfoneiro de talento
Compositor inspirado;
Para meu verso singelo
Ficar mais forte e mais belo
Em Martelo Agalopado:
Muito jovem
partiu da Caiçara
Pra servir o
Exército Brasileiro
Fortaleza
serviu de paradeiro
Acolhendo
mais um pau-de-arara
A primeira
sanfona foi bem cara
Lá no Mangue
a carreira foi inglória
Mas um dia
viu os louros da vitória
Uma ave
serviu-lhe de alavanca
Foi voando nas asas da
Asa Branca
Que Gonzaga escreveu a
sua história.
Fortaleza, 5 de dezembro de 2012